quinta-feira, 20 de novembro de 2008

365 dias

Ontem fui visitar uma amiga de longa data que teve um bebé.

Normalmente, só a visito de ano a ano, pois a vida encarregou-se de me levar por outras terras e o afastamento foi inevitável. Contudo, é uma das pessoas que posso considerar amigas, e isso é muito raro...
Ontem dei-me conta do que pode acontecer num simples ano. A última vez que a vi foi na véspera de Natal do ano passado e tanta coisa mudou:
- Ela engravidou e teve um bebé (lindo por sinal, também não tem a quem sair feio!)
- Recebi uma notícia triste: o pai dela está com um linfoma e anda a fazer quimioterapia. "Força Sr. Hernani"! Quando olhou para mim, disse-me: -"Pensei que não te ia ver mais...". Disse-o com os olhos rasos de água.
- A irmã está a divorciar-se (o que não é um acontecimento agradável mas por outro lado até o é, pois ele não a merecia)...
Bem, eu não sabia como reagir a tantas novidades. Senti uma ambiguidade de sentimentos e um misto de culpa por não ter estado lá quando ela precisou. E, nesse momento, prometi a mim mesma que tal não irá acontecer mais. E, não vou estar ausente nem na alegria nem na tristeza, nem na saúde nem na doença... Pois para mim estes "votos" são os que distinguem os amigos do comum das pessoas.

2 comentários:

José Carlos Xabregas disse...

A vida pode levar a um distanciamento, mas não tem de ser necessariamente um afastamento...

Ocaso disse...

Eu sei que sim. Mas, fico sempre com a sensação de que posso estar sempre mais presentes que aquilo que estou...